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CIRCUITO 2: PENELA - RABAçAL
Mapa
Visita Virtual
Villa Romana do Rabaçal
A sede do concelho
Esta unidade compreende terras pertencentes aos concelhos de Condeixa (p.24) e Penela.
Remonta a 1137 a criação, por D. Afonso Henriques, do concelho de Penela cujos limites tem variado bastante, desde então aos meados do séc. XIX.
O concelho tem 6.547 habitantes contados no recenseamento de 2001 e a vila de Penela situa-se numa área de relevo acidentado, a oriente do Maciço de Sicó e já nos contrafortes da Serra da Lousã. Esta posição e o sítio alcandorado que ocupa, aparentemente pouco favoráveis ao desenvolvimento actual, foram no entanto determinantes, durante a Reconquista cristã
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A Serra do Espinhal. No caminho da Rota da Bacia do Zêzere.
A Serra do Espinhal já não pertence ao maciço calcário. Por aqui se encontram as superfícies de contacto entre as rochas mais antigas da Era Paleozóica (248-543 Ma) e os afloramentos da orla Mezo-Cenozóica. Saindo do enrocamento do castelo de Penela, surgem as camadas de arenitos do Triássico (206-248 Ma), de cor avermelhada e escura, claramente visíveis na berma das novas estradas que atravessam o amplo vale do Espinhal
Começando a subir a Serra, emerge o xisto enegrecido e castanho, com a forma da "massa folhada", enrugado pela força tremenda da tectónica da terra-mãe. Por um curioso sortilégio da natureza, na ampla plataforma onde se situa o antigo campo de futebol do Espinhal, virada para a encosta sudoeste de P
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A depressão do Rabaçal ou do Rio dos Mouros
Do ponto de vista geomorfológico e mesmo paisagístico, o principal motivo de interesse desta área parece ser a vasta depressão do Rabaçal. Esta forma deve-se, antes de mais, ao comportamento mais brando das formações calcomargosas do Liásico médio e superior em relação aos materiais calcodolomíticos sobre os quais assentam e aos materiais calcários que se lhe sobrepõem. Com cerca de 12 km de comprimento, das proximidades do Alvorge até ŕ entrada do canhão de Conimbriga, por uma largura que normalmente oscila entre 1 e 2,5 km, esta depressão, embora relacionada com o rio dos Mouros, parece ter, na sua origem e evolução, pouco a ver com o ribeiro sazonal que hoje percorre o seu fundo.
O li
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Algar de Janeia
Percorridos cerca de 5 km após a saída de Condeixa na estrada que liga a Penela, é bem visível a boca deste grande algar situado a uns 300 metros a oriente da estrada.Com uma profundidade máxima da ordem dos 45 metros, o Algar da Janeia apresenta uma enorme entrada circular, com cerca de 35 metros de diâmetro, cuja origem estará no facto de ele ser resultante do abatimento do tecto das galerias subterrâneas que drenavam este sector das colinas dolomíticas.
A vegetação que surge neste espaço, bem como noutras formações cársicas, é algo particular, dado que estas zonas se encontram, regra geral, bastante protegidas da acção directa dos raios solares. Trata-se, portanto, de zonas sombrias e h
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Os morros envolventes da depressão
Bordejando a oriente e a sul a depressão do Rabaçal, estes morros com altitudes de 367m no Castelo do Rabaçal, 409m no Gerumelo, 375m no Cruzeiro, 422m na Ateanha e 513m no Monte de Vez, destacam-se perfeitamente na paisagem e constituem excelentes miradouros sobre a depressão.
Devem o essencial da sua forma, cónica nos dois primeiros casos, e grosseiramente trapezoidal, nos três últimos, ao complexo jogo tectónico que permitiu a sobreposição das camadas margosas liásicas por escamas mais ou menos espessas de calcários puros e duros do Jurássico Médio. No caso do Monte de Vez e da Ateanha, em que o afloramento das rochas calcárias do Dogger é mais extenso, porventura em função da maior espessu
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Exsurgências
São raras as exsurgências do bordo oriental das serras calcárias ou do bordo ocidental da depressão do rio de Mouros. As principais Legação, Alcalamouque e Fonte do Alvorge situam-se, por esta ordem, de norte para sul e aproveitam grosseiramente a passagem dos calcários do Dogger para as margas e calcários margosos liásicos, em regra mais impermeáveis.
Apenas a Fonte do Alvorge parece ter carácter permanente, com um caudal instantâneo que varia entre os 5 e os 50 litros por segundo, e um caudal médio anual da ordem do milhão de metros cúbicos. As outras duas são sazonais, secando durante o estio ainda que apresentem caudais médios anuais sensivelmente semelhantes ao do Alvorge. Este facto
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A fauna dos campos
Nos espaços de policultura agrícola onde os olivais se encostam as vinhas, e os prados de sequeiro confrontam a montante com espaços de floresta, pouco densa mas diversificada, e a jusante com pequenas hortas ou simplesmente com culturas mais viçosas homens e animais interajudam-se.
O sapo tradicionalmente aceite como auxiliar do agricultor executa, na clandestinidade e na humidade da noite, as suas movimentações de cultura para cultura, cruzando as estradas e caminhos onde frequentemente os encontramos.
A Cobra-rateira a maior das cobras que ocorre no país fazendo juz ao se
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Aldeias e Sítios
Embora pequenas e modestas, estas povoações merecem a homenagem de uma visita, pois quase todas nasceram desse esforço desmedido que reuniu soldados, nobres e plebeus, gentes de bem e criminosos para a reconquista definitiva das terras que a moirama detinha ao sul do Mondego.
A maior parte possui foral ou referência em documento da primeira metade do séc. XII que dão notícia do papel que elas desempenharam nos inícios da nacionalidade, seja na guerra, seja no cultivo das terras em grande parte afectas ao poderoso mosteiro de Santa Cruz de Coimbra.
Alguns lugares têm seu n
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Marco miliário de Tamazinhos
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