Esta unidade centra-se no que foi a cidade romana de Conimbriga e nas terras que mais directamente lhe estiveram ligadas, hoje pertencentes ao concelho de Condeixa-a-Nova.
Julga-se que os frades de Santa Cruz terão fundado a nova Condeixa, quando D. Afonso Henriques lhes doou estas terras. No séc. XIII, era ainda minúsculo lugar situado onde actualmente se encontra a entrada norte da vila.
D. Manuel I concedeu-lhe foral e a renovação da igreja de Santa Cristina em cuja torre mandou que se incluíssem as inscrições romanas então encontradas em Conimbriga.
A topografia da área de Condeixa - Conimbriga é caracterizada, fundamentalmente, pelo predomínio das superfícies planas. Tanto a vila actual como a cidade romana situam-se numa vasta e muito regular plataforma que se desenvolve a cotas de aproximadamente 100 metros, encontrando paralelo, mais a norte, nos pequenos planaltos de Eira Pedrinha e Cernache. Esta superfície relaciona-se com um processo particular de deposição de tufos calcários ocorrido já durante o período Quaternário, em função das exsurgências cársicas que drenam as águas subterrâneas do sector setentrional do Maciço de Sicó.
São de vários tipos e diferentes espessuras, estes tufos. No entanto, nalguns casos, como acontece por exemplo nas imediaç
A mata da Bufarda
Originalmente, esta mata terá sido uma floresta de carvalhos onde dominava o carvalho-cerquinho associado à azinheira e ao sobreiro.
No substrato arbustivo, observam-se ainda muitas espécies de características mediterrânicas, entre as quais o medronheiro, o sanguinho-das-sebes, a madressiva-caprina, o zambujeiro e a legação. No estrato herbáceo, são de salientar as que surgem associadas ao microclima relativamente fresco, proporcionado pelas espécies de maior porte, como o jarro e as candeias. De assinalar também a presença da espécie Hyacinthoides bispanica, uma planta característica dos matos de quercíneas ou dos matos portugueses em geral.
O canhão do Rio dos Mouros
A jusante da povoação do Poço e até ao sector mais ocidental da plataforma de Conimbriga, o rio dos Mouros atravessa o afloramento calcário do Jurássico médio, onde escava um pequeno mas imponente canhão fluviocársico. Com cerca de 3,5 km de extensão, as vertentes abruptas do vale chegam a atingir, no sector de jusante, alturas da ordem dos 50 metros.
As águas, vindas do sector de montante do rio ou nascidas nas várias exsurgências que se escalonam no fundo do canhão, apenas durante a época pluviosa o percorrem. No entanto, graças aos declives acentuados, ele pode tornar-se fortemente violento, correndo encaxoeirado entre pedregulhos calcários, transpondo pequenas cascatas e escavando as típicas marmitas de gigante
Legação
Erva - abelha
Aldeias e sítios
Condeixa-a-Velha é uma aldeia em grande expansão e sede de extensíssima freguesia, com 2382 habitantes em 1991.
Aparece designada com o nome actual a partir do séc. XIII mas, em documento datado do séc. XI, já Condeixa é mencionada, embora no mesmo século se registem as formas Condexa e Condexe, aparentemente mais próximas do nome que está, para alguns, na sua origem: Condessa; título de donna Onega citada no Livro de Testamentos de Lorvão como senhora de Villa Cova, que assim se chamaria a aldeia no séc. X.
Campanário de Condeixa-a-Velha
Aqueduto
Muralha do Baixo-Império
O Museu Monográfico de Conimbriga
Actualmente dependente da Cultura, o museu esteve de início ligado a Educação.
Foi inaugurado em 1962 para assegurar a defesa e preservação do sítio arqueológico, desenvolver a sua investigação e divulgá-lo.
Nesse sentido, dispõe de um quadro de pessoal e instalações técnicas e de acolhimento que lhe permitem manter as ruínas e a exposição permanente das colecções abertas ao público durante todo o ano. Mas também importantes oficinas e laboratórios de restauro e conservação, que têm dissiminado a sua tecnociência por tod
O território de Conimbriga
O espaço urbano do oppidum de Conimbriga é bem conhecido mas que sabemos da extensão rural que ele administrava? Não há textos que o digam nem no terreno se encontraram marcos nomeando fronteiras.
Só a observação dos acidentes geográficos, conjugados com os vestígios arqueológicos da região, incluindo os traços de cadastros romanos que os especialistas sabem reconhecer permite formular algumas hipóteses.
As imediações do Mondego na sua margem esquerda, serviam de limite setentrional. A leste, a Serra da Lousã aparece como outro limite natural.